
Quando iniciamos o marketing digital da cervejaria, não faltaram bons conselhos de como engajar e transmitir o conceito/ideia de nossas cervejas. Muitos conselhos, claro, baseavam-se em “dar a cara”, postar vídeos falando sobre, Reels, etc… Isso claramente não é minha praia, então resolvi escrever (o que também não é minha praia).
Se estão se perguntando, “minha praia” seria fazer e beber cervejas! E é sobre isso que vou compartilhar com vocês.
Mas, por onde começar? Do início, óbvio!
Então, o que são essas cervejas artesanais que tanto tem invadindo as prateleiras dos mercados e, muito provavelmente, a mesa de vocês? Qual a real diferença destas cervejas para aquelas dos rótulos clássicos que meu pai não troca nem por reza (e que deveria descer redonda – wtf?)?
A cultura das cervejas especiais pode ser relativamente nova no Brasil, com um crescimento expressivo na última década, porém não é uma novidade em outros lugares. Em alguns países do mundo, diferentes estilos de cervejas estão presentes bem antes das grandes marcas lançarem suas “Pilsens”. Por exemplo, na Bélgica existem estilos de cervejas que até hoje são produzidas dentro de monastérios, as famosas Trapistas. Na Alemanha é comum que pequenas cervejarias abasteçam a cidade ou pequena região onde está localizada. E cada uma dessas regiões possuem estilos diferentes e culturalmente estabelecidos.
O que aconteceu no Brasil, e que também ocorreu nos EUA (porém na década de 70), é que apaixonados por cervejas, cansados da mesmice das grandes companhias, começaram a fabricar suas cervejas em casa! São os cervejeiros caseiros, ou Homebrewers. Com o tempo, essa galera ávida por diferentes estilos se tornaram um nicho interessante e as primeiras microcervejarias especializadas nesses produtos foram surgindo. Dessa forma, a cerveja artesanal (craft beer) é aquela produzida por cervejarias pequenas, inovadoras e com intensa conexão com sua região de origem.
Basicamente, existem diversos estilos de cervejas que surgiram pela influência da cultura, disponibilidade tecnológica, clima e outros fatores de quando foram pela primeira vez produzidos. As cervejarias artesanais buscam reproduzir esses estilos, adaptando-os à sua localização, e muitas vezes trazendo alguns “toques” próprios, como frutas e outros adjuntos. Com isso, são produzidas cervejas de alta qualidade, com cores, aromas e sabores completamente diferentes, que proporcionam uma experiência muito mais enriquecedora que as cervejas mainstream.
As cervejas que chamamos de mainstream são aquelas das grandes marcas, onde são utilizadas grandes quantidades de adjuntos (milho ou arroz, por exemplo) com a finalidade de deixar a cerveja mais leve, além de baratear os custos de produção.
Hoje o mercado de cervejas artesanais no Brasil ainda é bem pequeno (cerca de 1% do mercado total de cerveja), porém o crescimento é perceptível à medida que às pessoas tem procurado produtos diferenciados, de maior qualidade e que contribuam para uma experiência mais agradável.
Afinal, é muito melhor ir ao mercado ou bar hoje e encontrar 10 a 20 rótulos diferentes, de estilos diferentes, que a 10 anos atrás onde encontraríamos 3 ou 4 rótulos e com uma variância quase imperceptível de aroma e sabor. Vocês não concordam?
Sem mais devaneios, acho que já deixamos bem claro o que é esse movimento e as cervejas artesanais. E assim se vai o primeiro texto do blog (Ufá!)
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Até!